Aula Temática

Sugestão de aula aberta que vai animar as crianças e o público

crianças no sambaNa hora de montar uma aula, por mais que você proponha uma continuidade da aula anterior, ou aproveite algum comentário de alguma criança como ponto de partida para a sua criação, muitas vezes vem a pergunta: sobre o que vai ser a aula?
Pensando nisso, surgiu a ideia de criar uma aula temática. Basta você escolher um tema qualquer e propor uma atividade e/ou uma história sobre esse tema. Você pode se inspirar em datas comemorativas, em eventos importantes que estejam acontecendo na sua cidade ou em qualquer outro assunto que possa resultar em algo interessante e divertido para os seus pequenos. E se a ideia der certo, por que não repetir a dose planejando uma aula aberta para que os familiares assistam? É uma ideia bacana, para que os pais conheçam o trabalho que você realiza e percebam o envolvimento de seus filhos nas aulas de teatro.

Segue uma sugestão de história montada a partir do tema “O Centenário do Samba” (comemorado em 2016), que envolveu e divertiu as crianças, além de empolgar os adultos que assistiram.

O ponto de partida para a execução da ideia foi escolher um samba que pudesse resultar em uma história envolvente. O samba escolhido foi “Batuque na Cozinha” (composto por João da Baiana em 1917 e conhecido na voz de Martinho da Vila). A versão utilizada foi a da Mart’nália, do CD “Samba para Crianças” onde ela canta com um grupo de crianças e o refrão foi o desencadeador da construção da cena. Ele diz:

“Batuque na cozinha
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei meu pé”

Personagens: crianças / cozinheira Sinhá / mãe das crianças.

A mãe sai para trabalhar e deixa seus filhos sob os cuidados da cozinheira Sinhá. A cozinheira muito se revolta com a situação, pelo fato de as crianças sempre aprontarem na ausência da mãe. Ao ligar para a mãe das crianças, esta garante à cozinheira que dessa vez seus filhos irão se comportar. Sinhá, então, deixa claro para as crianças que se elas aprontarem, ela vai embora dali e as crianças de fato aparentam se comportar. Só que, cada vez que vai para a cozinha, as crianças armam um plano sem que ela perceba e, ao longo da história, vão executando os planos, deixando Sinhá assustada e confusa, pois, cada vez que Sinhá vai atrás das crianças para saber o que estão fazendo, as crianças sentam-se imediatamente e fazem “cara de anjo”. É dessa maneira que as crianças conseguem roubar o bolo do lanche, soltar um rato na cozinha e colocar uma barata na panela.
Este último plano é a gota d’água já que, ao abrir a panela e se deparar com a barata, Sinhá deixa todo o conteúdo da panela cair queimando, assim, o pé. As crianças imediatamente vão socorrer a cozinheira, pedindo desculpas pelo acontecido. Neste momento, chega a mãe das crianças querendo entender o que está acontecendo e, dessa maneira, a confusão está armada.
Sinhá conta para a mãe das crianças tudo o que aconteceu e  informa que vai embora dali. Em vista disso, a mãe tem uma conversa séria com os seus filhos que, arrependidos, garantem à Sinhá que aquilo nunca mais vai acontecer.

Observações:

  • A quantidade de crianças pode equivaler ao número de crianças da turma. Sendo assim, é necessário convidar duas atrizes para fazerem a cozinheira e a mãe. Outra opção é deixar que as crianças façam os personagens adultos, caso demonstrem interesse.
  • Para que a história fique ainda mais interessante, utilize um bolo de verdade e deixe que as crianças de fato o devorem na montagem.
  • Você pode utilizar trechos da música ao longo da encenação.

IMPORTANTE:

Caso vá fazer a aula aberta, esteja ciente de que na presença de uma plateia, a criança muito possivelmente vai ter um comportamento diferente do que costuma ter em sala. Esse pode ser um teste bacana para que você comece a observar o comportamento de cada criança diante de um público e leve isso em consideração, caso vá montar com a turma uma peça no fim do ano.

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